1. Não respeitar o isolamento social

Eis uma orientação unânime de médicos, biólogos e outros especialistas ouvidos por SAÚDE. Evitar ou reduzir contato social é uma das medidas mais eficientes para minimizar a circulação do vírus, reduzir a incidência de episódios graves e, assim, não deixar o sistema de saúde entrar em colapso.

 A quarentena restringe obrigatoriamente atividades e o tráfego de pessoas. Isso não significa ficar 100% recluso em casa: as saídas para ir ao mercado ou à farmácia podem ocorrer, desde que em menor frequência e seguidas de boa higiene das mãos.

No caso de idosos ou pessoas que já tenham a imunidade comprometida, a orientação é fazer de tudo para não botar o pé pra fora. Pelo menos na fase de pico da epidemia.

Quem não está nem aí para essa orientação não só corre maior risco de ser infectado como de transmitir o vírus para familiares, vizinhos e companhia. 

Lembremos que oito em cada dez casos de infecção pelo coronavírus não têm sintomas ou apresentam apenas manifestações mais brandas. 

2. Não lavar as mãos direito

Talvez nunca você tenha ouvido tanto falar no assunto. E não é pra menos: a higiene correta das mãos é crucial para não pegar a doença ou distribui-la aos quatro cantos. Mas o uso de água e sabão têm de ser adequado. Não adianta só passar uma água ou dar aquela ensaboada de leve.

Os especialistas recomendam que a lavagem dure algo em torno de 20 segundos e cubra palmas, dorsos, dedos, unhas e punhos.

3. Usar as máscaras fora de contexto

O estoque de máscaras cirúrgicas e álcool em gel nas farmácias desabou. Mas tem indicação certa para usar o utensílio no rosto. Como infectologistas já ressaltaram, o uso é recomendado sobretudo para profissionais de saúde e pessoas com a confirmação ou suspeita de Covid-19. Outra situação em que ela pode ser útil é quando o indivíduo, sobretudo se não estiver com a saúde 100%, tem de se deslocar e se expor a locais com maior número de pessoas.

Fora desses contextos, não dá pra garantir uma proteção extra e ainda desfalcamos os cidadãos que têm maior necessidade do item.


4. Comprar remédios para prevenir ou tratar a Covid-19 em casa

O desabastecimento de medicamentos como cloriquina e hidroxicloriquina — prescritos para o tratamento de malária e doenças autoimunes — acendeu esse alerta. Já tem gente comprando drogas que supostamente conteriam a infecção pelo novo coronavírus. Erro grave!

Esses remédios estão em fase de estudo de emergência e ainda não há provas de que funcionam para essa finalidade. A Sociedade Brasileira de Infectologia ressalta que, até o momento, não há medicação comprovadamente segura e eficaz contra a Covid-19. O uso se restringe a ambiente hospitalar e em caráter experimental.

Aliás, não existem evidências de que nenhum remédio previna a infecção. Assim como chás e suplementos vitamínicos.

5. Compartilhar tudo que recebe pelo WhatsApp

As redes sociais têm exercido um papel positivo e outro negativo em meio à pandemia. Se por um lado ajudam a disseminar informações corretas e atualizar a população, por outro replicam conteúdos fajutos ou sem embasamento científico.

A primeira regra em tempos de coronavírus é: verifique a origem do texto, do vídeo ou do áudio antes de acreditar ou sair compartilhando. Priorize o material elaborado pelo Ministério da Saúde e pelos veículos de comunicação qualificados. E desconfie de qualquer solução milagrosa.

6. Estocar comida ou outros artigos

O governo brasileiro já divulgou que, pelos cálculos atuais, não enfrentaremos desabastecimento de alimentos. Não há, portanto, motivo para ficar em pânico e montar um estoque de comida, artigos médicos e afins em casa. Inclusive porque muitos itens têm prazo de validade.

7. Ir ao hospital diante de qualquer sintoma

Não custa repetir a orientação do Ministério da Saúde e dos especialistas: a maioria dos casos de Covid-19 não tem manifestações severas nem ameaça a vida. Desse modo, a recuperação pode ocorrer em casa, lembrando, claro, de se evitar ao máximo contato com outros familiares e amigos. Além disso, outros vírus por trás de sintomas respiratórios estão em circulação, caso dos causadores da gripe e do resfriado comum.

Contudo, é fundamental procurar o atendimento médico se houver febre, falta de ar, fadiga excessiva ou o agravamento de sintomas como tosses e dores no corpo.